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cinque scrittori, una comunità aperta link Wu Ming Foundation: quem somos, o que fazemos
(Texto completamente novo, Fevereiro de 2008)
Em 1994, por toda a Europa, centenas de artistas, ativistas e gozadores decidem adotar a mesma identidade.
Todos se rebatizam Luther Blissett e se organizam para infernizar a indústria cultural. Trata-se de um plano quinqüenal. Eles trabalharão juntos para contar ao mundo uma grande história, criar uma lenda, dar à luz um novo tipo de herói popular. Em janeiro de 2000, no fim do Plano, alguns deles se reúnem sob o novo nome Wu Ming. Este último projeto, embora mais concentrado na literatura e na narrativa mais strictu senso, não é menos radical do que o anterior.

link Prefácio à edição italiana do livro Reações Psicóticas
Lester trava uma guerrilha incessante para levar de volta ao centro da reflexão a música, o opus, e redimensionar aqueles que a tocam. Com razão, considera o artista um trâmite, um intermediário, o portador de um testemunho, alguém que cumpre uma função social. A imagem do "rockstar" é o êxito do ato de autonomizar a testemunha em respeito ao testemunho que ela traz. O culto da celebridade é um "fetichismo do intermediário". Falando do Led Zeppelin, dos Stones, de Elvis, Lester cartografava (às vezes literalmente) os graus de separação entre artista e público. Os vários Presleys, Jaggers e Plants viam a comunidade humana se afastar às margens de círculos concêntricos cada vez mais amplos.

link Entrevista ao Trama universitario - 23 de Novembro 2005
Nós começamos a lidar com esses assuntos bem antes do Creative Commons existir. A maioria de nós esteve envolvida com pós-punk anti-copyright e a cultura do faça-você-mesmo desde o início dos anos 90. O Luther Blissett Project foi fortemente influenciado por 'mail art' e pelo underground pós-punk/noise/eletrônico, gente como Negativland etc. Esse tipo de cultura já tinha desenvolvido uma crítica radical ao copyright como o conhecemos. Como resultado, o Luther Blissett nasceu com esse tipo de atitude. Todos os nossos trabalhos (livros, música e todo tipo de coisa) eram sem copyright. Em 1996 começamos a usar uma licença copyleft, mais ou menos a mesma que usamos hoje (nós a refinamos e reescrevemos, mas o conteúdo é o mesmo). - Trama universitario

link Giap-Brasileiro, s.n. Você conhece o pós-guerra? + Os fascistas - 2 de Novembro 2005
Wu Ming: você conhece o pós-guerra? Resenha de 54 (Agencia Carta Maior)
Os fascistas! Um conto de Wu Ming 1
Quando eu era criança não sei se cheguei a ver algum fascista em carne e osso. Aprendi a ter desprezo por eles, eu os achava repulsivos. Sem exageros, meus familiares nunca me catequizaram, não houve nada disso. Talvez fosse o ambiente. Um amigo meu teve dois filhos, e um dia um deles perguntou: - papai, o que é um fasista? – Ao qual ele docemente respondeu: - Fascistas são animais que vivem no esgoto.
É uma ótima pedagogia, se posso dizer assim, mas não havia necessidade disso em casa, éramos uma família de comunistas, e essa já era uma pergunta respondida.


link DVD. Que fim levou Luther Blissett?
Dez anos se passaram desde a primeira aparição do nome múltiplo e ícone mitopoiético Luther Blissett. O primeiro Plano Qüinqüenal teve a Itália como epicentro do projeto: peças pregadas na mídia, pranks, provocações anti-copyright, percursos geopsíquicos, levando logo à publicação de inúmeros livros, zines, discos etc. O Plano foi seguido por mais cinco anos, um período um tanto obscuro durante o qual Luther Blissett era esporadicamente avistado em diversas partes do globo. Ele se infiltrou numa transmissão nacional de rádio na Austrália e num programa de futebol muito popular no Reino Unido...

54 NO BRASIL
link Confirem aqui o hotsite do livro - Baixem o livro
link Folha de São Paulo (Ilustrada), 23 abril de 2005 [PDF]
link Entrevista a Meio e Mensagem, 25 de abril de 2005 [PDF]


link Entrevista á Contravenção
Mas do que estamos falando quando dizemos "eu", "mim" ou "eu mesmo"? Quem é o "mim"? Mesmo sob um ponto de vista biológico, nenhum de nós está sozinho. Cada ser humano é um ecossistema completo, nós não estaríamos vivos sem uma flora bacteriológica em nosso intestino, e isso é só um exemplo. Nosso corpo hospeda outros seres. Além disso, quem é "mim", se um ato diário e simples de tomar café ou chá ou comer pimenta vermelha (sem falar de cheirar cocaína ou fumar haxixe) muda minha disposição ou minha percepção de um modo ou de outro? Cada um de nós está TOTALMENTE ABERTO a todos os fluxos e transformações que ocorrem à nossa volta, afetando nosso cérebro e o resto do corpo. Não existe uma distinção clara entre o que é social e o que é individual. Não pode existir uma distinção clara entre o que é "meu" e o que pertence à comunidade à minha volta.

link Elementos performáticos e subversivos em Luther Blissett - por Fabio Salvatti, agosto de 2003
O Teatro Municipal de Bolonha e seu superintendente Pablo Escobar sofreram uma tentativa de atentado no dia 24 de novembro de 1994. O ataque das cinqüenta pessoas que cercavam o prédio só não teve êxito maior porque um caminhão do serviço de limpeza urbana daquela cidade perturbou o campo psicomagnético formado no intuito de levantar as fundações do referido edifício e fazê-lo levitar. O motorista do caminhão gargalhou diante daquelas pessoas que canalizavam sua energia "omphálica" salmodiando um sonoro "Om" contra o teatro. Apesar do fracasso, afirmaram os organizadores do ataque que foram vistas as colunas do edifício vibrarem e uma parte do portão foi arrancada.

link Wu Ming - Zapatismo ou barbárie - escrito para a revista Carta n.28, Julho de 2003
Já se passaram quase dez anos desde aquele famoso 1 de janeiro de 1994 [data do começo da sublevação indígena em Chiapas], e parece supérfluo assinalar os méritos históricos dos zapatistas, aos quais se reconhece de forma muito generalizada terem sido os primeiros que, sobre o cenário mundial, devolveram a voz a aqueles que sofrem a globalização capitalista sobre sua própria pele. O fizeram em pleno anos 90 do século passado, quando o Ocidente ainda se enchia de teoria e teologia neoliberal, e caminhava uniformemente para a maior recessão econômica da história contemporânea.

link Estadão, 29 de Juhno de 2003 - 54 de Wu Ming faz sucesso na Internet e na livrarias
O galã inglês Cary Grant era espião do M16 (serviço secreto britânico) e foi encarregado de ajudar no esforço anglo-americano de seduzir Josip Broz, o guerrilheiro e chefão comunista Tito, para a banda ocidental, convencendo-o a dar subsídios para uma superprodução de Hollywood sobre a resistência iugoslava aos invasores fascistas. Enquanto um sósia canadense fazia as vezes dele em Beverly Hills, o protagonista de Ladrão de Casaca, de Alfred Hitchcock, livrava-se, de forma rocambolesca, de uma tentativa de seqüestro pela KGB, com a ajuda de um rapaz italiano, que terminaria se envolvendo num tiroteio na fronteira com a França, ao participar de um transporte de contrabando de drogas a serviço do chefão mafioso Lucky Luciano. É mentira? Não! Isso é literatura - a ficção do futuro.

link Coletânea de textos do Wu Ming em português, editada por eBookCult.com.br
Publicar uma coletânea dos textos em português disponíveis no website do Wu Ming é para a eBooksBrasil mais do que uma grande honra, é um imperativo de princípios.


link O Copyleft Explicado Às Crianças - por Wu Ming 1- Il mucchio selvaggio, 25 março de 2003
'Mas se qualquer um pode copiar seus livros e fazê-lo sem comprá-los, como vocês sobrevivem?' Esta pergunta é feita freqüentemente, na maioria das vezes seguida desta observação: 'Mas o copyright é necessário, é preciso proteger o autor!'. Este tipo de enunciado revela quanta fumaça e quanta areia a cultura dominante (baseada no princípio da propriedade) e a indústria do entretenimento conseguiram lançar nos olhos do público.


link Extra Classe ano 7 n.68, Dezembro de 2002: Wu Ming entre "arte" e guerrilha literaria
A partir daí, o grupo sentiu a necessidade de dar um passo à frente. Luther Blissett era uma narração indiscriminadamente aberta, necessária durante a primeira etapa da experiência, que durou de 1994 a 1999. Com a publicação do romance Q, na primavera de 1999, o grupo começou a pensar na idéia de uma oficina literária, de um laboratório artesanal literário. "Percebemos a necessidade de desenvolver uma maior autodisciplina, um melhor método na construção de nossa história. Método como o que utiliza um carpinteiro para a construção de uma mesa uma série de técnicas, de conhecimentos e de práticas para investir em nossa produção e qualificá-la".

link Zero Hora, Segundo Caderno, 7 de dezembro 2002: Subversão anônima
A história, abertames dedicada aos coadjuvantes dos grandes fatos historicos, é narrada por um homem que troca diversas vezes de identitade enquanto participa das revoluções do periodo. Ao mesmo tempo, vai tomando conhecimento das maquinações de um terrível adversário, chamado apenas de Q, espião de Carafa. O romance é vibrante e repleto de ação, mas irregular em termos de ritmo. As melhores partes lembram féericas narrativas policiais, mas uma certa prolixidade trunca alguns trechos.


link "Copyright e maremoto" + o trecho de entrevista a Make World em um opúsculo PDF (Baderna, 388k)

WU MING 1 NO BRASIL
link
Folha de São Paulo (Ilustrada), 29 outubro de 2002
link Estadão, 31 outubro de 2002
link Visita ao Telecentro da cidade Tiradentes, SP
link Entrevista na Universidade Federal de Santa Catarina: PLB, arte, copyleft, situacionismo...
link Entrevista à Agência Carta Maior: languagem, povo, multidão...

link Copyright e maremoto - Outubro de 2002
Atualmente existe um amplo movimento de protesto e transformação social em grande parte do planeta. Ele possui um potencial enorme, mas ainda não está completamente consciente disso. Embora sua origem seja antiga, só se manifestou recentemente, aparecendo em várias ocasiões sob os refletores da mídia, porém trabalhando dia a dia longe deles. É formado por multidões e singularidades, por retículas capilares no território. Cavalga as mais recentes inovações tecnológicas. As definições cunhadas por seus adversários ficam-lhe pequenas. Logo será impossível pará-lo e a repressão nada poderá contra ele.


link Entrevista sobre o copyright na newsletter da Associação Italiana das Bibliotecas - Junho de 2002

Da outra parte da barricada está tudo aquilo contra o que a esquerda se bateu, em todas as suas cambiantes, desde o fim do Iluminismo: os tributos nobiliárquicos, a "mão-morta" aristocrática, a exploração dos resultados do trabalho por parte das classes abastadas parasitárias.

link Imprensa, São Paulo, Agosto 2002 - recensão de Q (embora não parece :-))

link Entrevista com Make World sobre 54, a história e a cultura pop como "pré-requisito do comunismo" - Julho 2002
Sim, nós afirmamos que a cultura popular ocidental do século XX (que agora está se tornando algo completamente diferente, e em certo sentido mais complexa para se tirar proveito) estava muitas vezes mais próxima do socialismo do que os regimes "socialistas" orientais do século XX conseguiram estar. Até mesmo acrescentamos que a série de imagens Mao Tsé Tung de Andy Warhol foi mais importante para a revolução do que os retratos oficiais de Mao Tsé Tung agitados por maoístas em manifestações.

link Folha de São Paulo (Ilustrada), São Paulo, 4 maio de 2002 - Todos os nomes...
A lógica do copyright tem de ser desafiada onde ela existir, na barriga da besta. Não faria sentido, político ou cultural, adotarmos uma prática marginal para os "poucos privilegiados" do underground esnobe.

link Carta Capital(BR), 24 abril de 2002 - Eterna Heresia
Os que lutam contra a globalização neoliberal vão reconhecer suas almas gêmeas e precursores nos hereges de há meio milênio. A obra é também um longo - mas fascinante - tratado teórico e prático de militância radical.

link Astronautas de quem? Imaginação e multidão em Itália nos dias do cacerolazo global - Fevereiro de 2002
A passagem de século entregou-nos um movimento radicalmente descontínuo. Cada resistência local fala, reconduz-se e inspira milhares de outros nós que revestem o inteiro planeta. Centenas de milhar de seres sensíveis, em animalesca transumância para uma salvação possível, advertem de coração que só falando de novo uns com os outros, sentindo-nos irmãos, de um continente ao outro, em espécie e em admiração, lhes pode restituir a única possibilidade que resta. Urgem as narrações abertas e unânimes, as histórias que viajam de boca em boca, as canções que permitem reconhecermo-nos onde quer que estejamos.


link Tute Bianche: o lado prático da produção de mito (em tempos catastróficos) - Outubro de 2001
1) Não Se Deve Ligar Para Oposições Binárias (por exemplo, as entre visibilidade e invisibilidade, legalidade e ilegalidade, violência e não-violência, estática e dinâmica).
2) Deve-se Separar Todas as Coisas Unidas e Unir Todas as Coisas Separadas de Modo a Criar Sentimentos Esquisitos de Proximidade e Distância.


link Notas para uma Declaração dos direitos (e deveres) dos narradores - Verão de 2000
O narrador tem o dever, de não se considerar superior aos seus semelhantes. É ilegítima qualquer concessão à imagem idealística e romântica do narrador como criatura pressupostamente mais “sensível”, em contacto com dimensões do ser mais elevadas, também quando escreve sobre absolutas banalidades quotidianas.
No fundo também os aspectos mais ridículos e espalhafatosos do ofício de escrever baseiam-se numa versão degradada do mito do artista, que se torna uma “estrela” pelo facto de o considerarem de alguma forma superior aos “comuns mortais”, menos mesquinho, mais interessante e sincero e, num certo sentido, heróico já que suporta os “tormentos” da criação.


cinque scrittori, una comunità aperta link Wu Ming Foundation: quem somos, o que fazemos
(Texto completamente novo, Fevreiro de 2008)
Em 1994, por toda a Europa, centenas de artistas, ativistas e gozadores decidem adotar a mesma identidade.
Todos se rebatizam Luther Blissett e se organizam para infernizar a indústria cultural. Trata-se de um plano quinqüenal. Eles trabalharão juntos para contar ao mundo uma grande história, criar uma lenda, dar à luz um novo tipo de herói popular. Em janeiro de 2000, no fim do Plano, alguns deles se reúnem sob o novo nome Wu Ming. Este último projeto, embora mais concentrado na literatura e na narrativa mais strictu senso, não é menos radical do que o anterior.